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O desafio de ser autêntico!

Publicado e 06/07/2017

Há alguns dias li um post que eu não escrevi, mas poderia ter feito. Encontrei nas palavras de Allê Barbosa voz para o grito preso na minha garganta: “Nunca se exigiu tanto que as pessoas fossem elas mesmas, por outro lado, nunca se reprimiu tanto o fato das pessoas serem elas mesmas”. Se essa frase fez tanto sentido para você como fez para mim então é bem possível que você também esteja incomodado com o fato de que estamos diariamente colocados nesta contradição onde às vezes soa como poético e encantador incentivo: Seja você mesmo, deixe sua essência transparecer. Mas no momento seguinte a realidade é que o seu verdadeiro eu só é aceito se ele couber mais ou menos na ocasião, caso contrário, por favor: Adapte-se!

Percebo um movimento bem interessante que vai das reuniões empresariais às campanhas de marketing, um investimento pesado nessa tendência de deixar as pessoas livres para que possam expor às suas ideias, e ai vem o famoso clichê: Faça a diferença! Mas somente se o seu diferente não for tão estranho assim.

O que mais me atrai nesse assunto é o fato de que as pessoas estão cada vez mais distantes da sua verdadeira essência, há uma dificuldade muito grande em saber quem eu sou nesse mundo. Recebo essa queixa diariamente; -” Eu não me reconheço mais...” Não sei se faço porque gosto ou porque os outros esperam que eu faça...”. Parece haver uma profunda lamentação pelo EU perdido em algum lugar do caminho. Talvez tenha ficado em meio a esse bombardeio de opiniões, julgamentos e preconceitos a que somos diariamente expostos. Ou quem sabe guardado bem escondido em algum lugar da existência, abafado e calado para que possamos mostrar à sociedade aquilo que esperam e aceitam de nós.

Sempre me intrigou o fato de todos estarem em busca de um padrão para seguir, nunca entendi muito bem porque usar a nossa liberdade para escolher seguir algo já pronto, somente porque todo mundo já faz, usa, ouve, busca ou compra. Há tempos reflito sobre os motivos desse movimento e se lhe interessar, seguem as minhas provocações:

Nós somos seres únicos, exclusivos e inacabados, essa condição que nos difere, ironicamente é o que nos iguala e dela ninguém escapa. Assustador pensar que sou um projeto aberto com várias possibilidades de vir a ser. Ai a tentação de ser um modelo já existente e que teoricamente já dá certo, é bem grande. E como existem pessoas com receitas milagrosas para resolver nossos problemas. Sempre há um palpiteiro de plantão pronto para oferecer exatamente o que precisa ser ou fazer. Por outro lado como há pessoas desesperadas e carentes por soluções fáceis e que “resolvam” seus dilemas. Risco alto para os mais fragilizados, oportunidade para os interesseiros.

Será por isso que precisamos usar determinada marca? Frequentar aquele lugar onde todo mundo está fazendo check in? Trabalhar exaustivamente para seguir um padrão que eu acredito que preciso? Não quero aqui dizer que não podemos seguir o fluxo de vez em quando, mas limitar nossa existência exclusivamente a esses movimentos me parece um desperdício.

Me questiono frequentemente sobre o que eu perco quando deixo de conhecer outros pontos de vista, experimentar coisas novas, conhecer realidades diferentes da minha. Toda vez que minha existência tende a zona de conforto e aos modelos prontos, seja por medo de me expor, ou por comodidade faço questão de lembrar que minha liberdade de escolher me dá condições para me permitir. Desta forma, termino minha reflexão deixando algumas dicas para que você lembre-se de conhecer todos os dias esse ser interessante que você é.

- Tenha um olhar atento sobre si mesmo: Permita-se analisar. Que escolhas eu faço? Porque as faço? Como me sinto em relação a elas? Vai lhe ajudar a entender como toma as decisões na sua vida e que escolhas você fez para chegar até aqui.

- Dê nome aos seus sentimentos: O que sinto? Quando sinto? Porque sinto? Em que situações eu sinto? Fazendo esse exercício você terá mais consciência de como reage às diversidades, que sentimentos falam mais alto e como lidar com isso.

- Faça uma lista de suas preferências: Lugares, músicas, comidas, pessoas, estilos, etc. Essa tarefa tem objetivo de lembrar quem somos e do que gostamos.

- Liste seus sonhos e desejos: Mesmo aqueles mais profundos que ficaram guardados por muito tempo. Que tal relembrar qual é a sua essência? Essa lista pode lhe ajudar.

- Afaste o pensamento de que para ser feliz ou aceito você precisa ser ou parecer com alguém: Essa é a principal dica para começar praticar a sua verdade.

- Busque ajuda: Se tiver muita dificuldade em fazer esses exercícios pode ser que precise de ajuda profissional. Não se apavore caso seja essa a opção. É muito comum que nesse mundo tumultuado e cheio de pressa em que vivemos o nosso verdadeiro Eu acabe adormecido. Sempre temos tempo de retomar, traçar novos rumos e descobrir novas possibilidades de vir a ser.

Desejo a você ótimas escolhas, mas se acaso elas não te levarem onde esperava chegar, que você aprenda com elas e continue a trabalhar em sua melhor versão, sem pressa, sem medo de ser quem você realmente é. Desejo-lhe autenticidade.

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